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Gonzàlez & Altuna

 

Segunda colaboração de Jorge Gonzàlez e Horacio Altuna, Hate Jazz relata as histórias de um quarteto de músicos de Jazz em New York. Três histórias cruzadas que começam com a irrupção de Clarence T. pelo club onde costumava tocar, exigindo o dinheiro que o dono lhe devia. Clarence, um saxofonista dotado, um junkie em perda impedido de tocar, necessita do dinheiro para poder pagar uma dose.

O drama precipita-se nas vésperas dos acontecimentos trágicos do 11 de Setembro: Chester, um saxofonista genial, taxista nas horas vagas, é contratado para estimular uma noite de dois amantes; Cecil, o pianista tecnicamente dotado, mas vulgar, que se aproveita da tragédia de Clarence; e os irmãos Nat e Emmet, apaixonados pela mesma mulher.

Nascido em 1941, Horacio Altuna é um desenhador e argumentista argentino, radicado em Espanha. Tendo-se iniciado ilustrador em jornais argentinos, o reconhecimento internacional nasceria da prolífera colaboração com o argumentista Carlos Trillo no início dos anos 70. Com Trillo, ou com os seus próprios guiões, também como desenhador de bandas eróticas na Playboy e de crítica política e social noutras publicações.
À extensa obra, Altuna ajuntou o trabalho como argumentista com o desenhador Jorge Gonzàlez em Hard Story e depois este Hate Jazz (2006) que se apresenta.

Jorge Gonzàlez nasceu em Buenos Aires em 1970, e depressa se tornou notado em obras onde aborda a cultura e a história da Argentina, seja na evocação do tango, seja na relação conturbada da Argentina com o passado ameríndio, que está presente no colorido denso - a evocar o colorido descomedido de H. P. Palácios-, das suas pranchas. A adaptação da história clássica de Homero ou a literatura de Lope de Rueda ou Dostoievsky são outros dos caminhos que Gonzàlez trilhou e Bandonéon, Chère Patagonie, Maudit Allende estão entre os títulos de que é autor.

Ao sucesso de Hard Story com Altuna, seguiu-se este Hate Jazz; uma história com um argumento dramático que se diria retirado do mais negro dos thrillers, adensado por uma coloração tórrida inusitada.
Os meus agradecimentos pela autorização incondicional de Jorge Gonzàlez para a exibição do singular Hate Jazz.

Hate Jazz, pg. 10, Jorge Gonzàlez e Horacio Altuna, 2006
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